Negócios disruptivos: entenda o que são e como funcionam

Todo mundo que trabalha em posições de empreendedorismo e gestão no mercado já deve ter ouvido falar em disrupção. Mas o que realmente significa ser um negócio disruptivo?

Para entender o que significa esse termo, basta ir à origem da palavra, que quer dizer "fratura" ou "quebra", em latim. No contexto empresarial, a disrupção é a interrupção de um processo da forma como ele é tradicionalmente realizado, para a substituição por uma nova abordagem.

Neste artigo especial sobre o mercado moderno, entenda o que é esse conceito tão buscado pelas empresas, sua importância para o sucesso na era digital e as tendências que podem ajudar você a inovar em seu setor. Acompanhe!

O que são negócios disruptivos?

Negócios disruptivos são aqueles que inovam em produtos e serviços, mas se destacam também na forma de entrega ao público. São empresas que, quando apresentam um novo modelo comercial, mudam de maneira abrupta e permanente o funcionamento de todo aquele setor.

Mas por que temos visto o surgimento mais frequente de disrupções nos últimos anos? A resposta está na tecnologia. Com o apoio de plataformas, ferramentas e soluções digitais, empresas menores estão encontrando oportunidades de disseminar ideias inovadoras e alcançar o público — mesmo com pouco investimento.

Quando há uma sintonia entre uma demanda emergente de mercado e uma nova maneira de atendê-la, criamos disrupção. É a grande busca, das startups às empresas consolidadas, por novos nichos e relacionamentos mais profundos com seus clientes.

Qual é a diferença entre negócios disruptivos e tradicionais?

Uma empresa não precisa estar começando para ser disruptiva, mas é evidente que a maioria das quebras de paradigmas mercadológicos acontecem com o surgimento de novas marcas.

Há uma razão para isso: negócios que nascem com propostas disruptivas têm a inovação em sua base — desde o perfil de profissionais até a forma como operam.

Negócios disruptivos costumam apresentar uma maior flexibilidade estratégica e aproximação com o público, investindo em experiências inovadoras para seus clientes.

São empresas que se apoiam no uso de tecnologia, digitalização e gestão baseada em dados para encontrar oportunidades de mercado antes de seus concorrentes.

Portanto, podemos dizer que a disrupção não é apenas uma questão de criatividade em uma boa ideia. Trata-se também da sua própria filosofia institucional. São companhias digitais e com capacidade de manobra, chegando em novos nichos antes que as empresas tradicionais consigam se mover.

Por que os negócios disruptivos são importantes?

A disrupção é um movimento essencial para o mercado. Quando ela acontece, cria um novo pico de interesse em determinada categoria de produto ou serviço, mudando o balanço de poder entre os players daquele setor.

É só ver o quanto é comum que startups rapidamente ultrapassem gigantes estabelecidas, simplesmente por entregarem algo que ninguém mais tem.

Contudo, até mesmo as companhias tradicionais se beneficiam dos disruptivos. Ao acompanhá-los, mesmo que com atraso, elas refrescam a imagem da marca sob o olhar do público com produtos que têm essa aura de inovação.

A inovação, portanto, é o que move e renova o mercado.

Quais são os exemplos de empresas disruptivas?

Para você entender ainda melhor o que é um negócio disruptivo, podemos dar exemplos reais e bem conhecidos em nossas rotinas.

Os dois casos mais aparentes e que surgem muito em discussões sobre disrupção são Netflix e Uber. As duas trabalham com entregas que já existiam de forma tradicional: a demanda por assistir a filmes e séries, e a demanda por transporte urbano.

A quebra que mudou o mercado nesses exemplos não veio de um novo produto que não existia antes — e, na maioria das vezes, é assim que acontece. O que essas duas marcas fizeram foi mudar a forma de oferecer o serviço, focando na experiência mais prática e instigante possível para seu público.

Bastou uma nova abordagem para mudar para sempre o mercado. No caso da Uber, levou o mundo inteiro a se relacionar de forma diferente com o transporte por carro e a contratação de serviços por aplicativo (o iFood, por exemplo, só existe pela disrupção da Uber).

Já a Netflix fez com que todas as grandes empresas de entretenimento no mundo se mexessem e oferecessem serviços de vídeo sob demanda via streaming, criando um novo hábito nos consumidores do mundo inteiro.

Mas nenhum caso de disrupção demonstra tão bem os benefícios de seguir essa estratégia do que a Apple — uma empresa já estabelecida, mas que vinha perdendo espaço no mercado de tecnologia no início dos anos 2000.

A história da marca e do mercado como um todo mudou com o lançamento do iPhone, uma proposta disruptiva no setor emergente de smartphones.

Quase 20 anos depois, inúmeros modelos de celulares inteligentes chegaram até nós. Formatos variados, muitos até melhores em números e condições que o iPhone. Mesmo assim, a marca ainda é top of mind quando se fala dessa categoria de eletrônico.

O principal subproduto da disrupção é se tornar referência naquilo que foi reinventado. Por mais que o tempo passe, sua marca continua sendo vista como inovadora e especial — ou até que uma nova ideia disruptiva surja.

Quais são as tendências em negócios disruptivos?

A disrupção surge primeiro de uma boa ideia, de algo que o mercado não espera — e que, muitas vezes, nem o público sabe que quer. Mas isso não significa que ela venha de uma inspiração criativa.

Ser disruptivo é estar atento a novidades de mercado e demandas emergentes, para ligar oportunidades a tecnologias que possam abraçá-las.

O principal, nesse sentido, é que o uso de informação para decisões de negócio já está se estabelecendo como fundamental para a disrupção. Porém, nos últimos anos, a sofisticação das IAs começa a levar a gestão baseada em dados a um novo patamar.

Com integração entre Big Data e Business Intelligence, gestores que investem na transformação digital têm acesso a insights cada vez mais precoces sobre demandas e nichos que podem estar surgindo no mercado. É a melhor forma de identificar oportunidades e criar produtos que atendam a esse público com inovação antes dos concorrentes.

Com isso em mente, podemos aumentar ainda mais esse escopo e falar da digitalização como tendência disruptiva. Ainda existem muitos produtos e serviços tradicionais passíveis de serem revolucionados com a tecnologia. Portanto, se sua empresa investe em transformação digital, ela investe na possibilidade mais clara de disrupção.

Esse é um caminho mais curto entre ideias criativas e sua aplicação prática no mercado. Um exemplo disso é a digitalização de contratos por meio da assinatura eletrônica. Esse tipo de tecnologia elimina a necessidade de recursos físicos, libertando a empresas de seus limites tradicionais.

O que os negócios disruptivos têm em comum é mais do que uma veia inovadora. É a consciência de que ter a tecnologia a seu favor cria caminhos para a inovação.

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