Descubra quais são os tipos de criptografia

O vazamento de dados pode ter consequências desastrosas tanto para a empresa quanto para os seus clientes. Em um momento em que os ataques cibernéticos não param de evoluir, conhecer os tipos de criptografia é imprescindível para adicionar as camadas de proteção que os seus arquivos necessitam e mantê-los a salvo da ação de criminosos.

Conforme mais dados circulam virtualmente, maior é a necessidade de blindá-los. E é exatamente isso que a criptografia faz, já que bloqueia o acesso de pessoas não autorizadas a conteúdos de caráter sigiloso. Quer saber como essa tecnologia auxilia na sua rotina de operações?

Neste post, vamos abordar os principais tipos de criptografia e como funcionam. Confira!

O que é criptografia de dados?

A criptografia no âmbito virtual consiste na prática de converter dados que estão em um formato legível para um formato codificado. Dessa forma, os dados criptografados só poderão ser acessados, descriptografados e lidos por quem tem a chave de acesso.

Na atualidade, a criptografia é considerada um dos principais mecanismos da segurança de dados. Não é para menos, já que se trata de uma ferramenta simples e, ao mesmo tempo, altamente eficiente para a proteção de informações armazenadas em sistemas de computador, na medida em que impede que elas sejam lidas e utilizadas para fins não autorizados e criminosos.

Essa solução pode ser aplicada para usuários individuais ou em operações que envolvam dados sigilosos em grandes empresas, que são transmitidos a partir de um navegador e um servidor, como informações pessoais, termos de contrato e dados bancários.

Para criptografar arquivos é necessário utilizar softwares ou algoritmos de criptografia de dados, que possibilitam o desenvolvimento de um esquema de codificação que só poder ser descoberto por uma capacidade de processamento gigantesca, o que é considerado praticamente inviável.

Quais são os tipos de criptografia?

O modo de funcionamento da criptografia é simples: os dados legíveis de um arquivo são codificados para que pareçam aleatórios. Trata-se de um mecanismo que se baseia no uso de uma chave criptográfica, que consiste em um conjunto de valores matemáticos disponibilizado para o remetente e o destinatário.

Ao receber o conteúdo digital, o destinatário deve inserir a chave criptográfica para revertê-lo para o texto legível. Vale ressaltar que quanto mais complexo for o código gerado, mais forte e segura tende a ser a criptografia.

Existe uma grande variedade de softwares de criptografia, que se diferenciam por ser objetivos. Veja, a seguir, quais são os tipos de criptografia e para que servem! 

Chave simétrica

A chave simétrica é aquela cujo mesmo código de acesso é utilizado pelo emissor e pelo receptor da informação. Portanto, ela cumpre a função de codificar e decodificar os dados do arquivo.

No geral, a chave simétrica é utilizada para criptografar e-mails, mas não é recomendada para a proteção de dados extremamente sigilosos, tendo em vista que dá acesso ao conteúdo para as duas partes diferentes, ou seja, você não tem acesso exclusivo ao conteúdo.

Chave assimétrica

Diferentemente da simétrica, a chave assimétrica se caracteriza por ter duas chaves, uma que é privada e outra que é pública. Em resumo, é desenvolvida uma chave de codificação que é enviada para o indivíduo responsável por encaminhar a informação — chamada de chave pública. A segunda chave criada é exclusiva para a decodificação e é privada.

Enquanto a chave pública pode ser compartilhada com qualquer usuário e é composta por informações para a criptografia de dados, a chave privada nunca é compartilhada e apresenta informações para o processo de descriptografia. As duas são geradas a partir de um software que utiliza somente números primos, capazes de formar chaves únicas e que se relacionam matematicamente.

As chaves assimétricas são mais seguras que as simétricas devido ao fato de não serem compartilhadas. Elas são comumente utilizadas para a criptografia e descriptografia de assinaturas digitais, sites de compras e até mesmo em transações que envolvam criptomoedas.

DES

O Data Encryption Standard (DES), que traduzido para o português significa Padrão de Encriptação de Informação, funciona como um mecanismo de criptografia simétrica. Entendida como desatualizada para os usos atuais, essa chave utilizava uma combinação pequena de números, o que reduzia sua segurança.

Hoje em dia, a DES se tornou obsoleta e não é mais utilizada para a proteção de arquivos digitais, uma vez que é possível encontrar conjuntos de códigos mais modernos, fortes e seguros.

IDEA

O Internacional Encryption Algorithm (IDEA), ou Algoritmo de Criptografia Internacional, conta com blocos com chaves de 128 bits e tem uma abordagem do tipo simétrica com o uso de chave privada.

Nesse formato de criptografia, é criada apenas uma chave, que tem o papel de criptografar e descriptografar dados. Porém, ela se diferencia das chaves simétricas tradicionais por ter um mecanismo que promove a confusão e difusão dos textos na hora de cifrá-los.

O IDEA também tem três grupos algébricos que realizam operações misturadas, o que é fundamental para impedir que ocorra o realinhamento das informações e a sua leitura. Isso eleva o seu nível de proteção e o permite ser utilizado para informações sensíveis, como senhas em sistemas e dados bancários.

SAFER

Inicialmente, o Secure And Fast Encryption Routine (SAFER), Rotina de Criptografia Segura e Rápida em português, surgiu com blocos de 64 bits. No entanto, foram encontradas uma série de vulnerabilidades que diminuíam a sua eficiência, o que levou ao desenvolvimento do SK-40 e SK-120 bits, que são versões mais complexas.

Basicamente, o SAFER tem uma mesma chave para o emissor e para o receptor. A sua função é promover os dados impedir que sejam realizados e lidos no padrão original. Ele pode ser usado para e-mails e conteúdos de média complexidade.

SSL

A criptografia Secure Socket Layer (SSL), que em português significa Camada de Soquete Seguro, mantém os canais de comunicação criptografados durante a transferência de dados.

O SSL funciona a partir de uma chave pública e outra privada, possibilitando a troca segura de informações entre aplicativos e servidor. Para enviar a chave pública, o sistema verifica se o certificado enviado é confiável, válido e se relaciona com o site que o enviou. A mensagem criptografada com chave pública só é decifrada com a inserção da chave privada.

Essa é uma das criptografias mais utilizadas na internet, principalmente nas plataformas de comércio eletrônico, o que se deve ao seu forte nível de proteção.

AES

Por último, não podemos deixar de abordar o Advanced Encryption Standard (AES), que significa Padrão de Criptografia Avançada, que foi criado com o intuito de substituir o algoritmo DES.

O AES é uma chave simétrica, que se baseia no uso da mesma chave tanto para criptografar quanto para descriptografar conteúdos. A criptografia cifra e protege as etapas de transferência de dados online.

Sem falar que o recurso também utiliza o algoritmo Rede de Permutação de Substituição (SPN), executando a criptografia de dados em várias rodadas. Bastante popular entre as empresas de tecnologia, o AES é um dos algoritmos mais seguros da atualidade.

A criptografia AES é disponibilizada em três opções de tamanho: 128 bits, 192 bits e 256 bits. Como criptografa os conteúdos em rodadas, caso um hacker queira quebrar o seu código, terá que fazer isso em rodadas, o que é mais difícil e contribui para tornar esse formato muito mais seguro. Por isso, ele é utilizado pelo WhatsApp, Signal e WinZip.

Qual criptografia a Docusign utiliza?

A Docusign tem centenas de milhões de usuários espalhados pelo mundo todo, processando mais de um milhão de documentos todos os dias. A proteção dos dados dos nossos usuários é uma preocupação constante para nós, por isso utilizamos a criptografia AES de 128 bits mais a criptografia SSL de 256 bits, que garante a integridade dos documentos assinados e mantidos em nossos sistemas.

Qualquer alteração não autorizada feita em um documento subjacente é percebida e identificada como uma prova de violação. Ao criptografarmos os seus documentos, os tornamos invioláveis e inacessíveis para as pessoas que não devem acessá-los. 

Escândalos envolvendo o vazamento de dados mancham a imagem de uma empresa, além de gerar punições jurídicas. Agora que você já sabe quais são os tipos de criptografia, pode optar pelo uso de plataformas digitais que utilizam os sistemas criptográficos mais atuais e eficientes e, consequentemente, oferecem mais proteção às suas informações.

Quer entender mais sobre o assunto? Veja quando a criptografia deve ser usada!

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