O que é gestão da cadeia de suprimentos? Aprenda a fazer na prática!

cadeia de suprimentos

Nenhuma empresa é uma ilha. Além de precisar se relacionar com clientes, investidores e parceiros, todo negócio deve cuidar, ainda, do relacionamento com fornecedores de suprimentos. Só assim é possível que a empresa mantenha o seu funcionamento a todo vapor e consiga otimizar os processos que fazem parte da sua rotina operacional, a fim de caminhar rumo ao sucesso!

É nesse contexto que a gestão da cadeia de suprimentos, também conhecida como Supply Chain Management (SCM), tem enorme importância. Tendo em vista esse cenário, então, vamos detalhar o conceito, mostrar quais profissionais precisam estar envolvidos na sua execução e apontar os maiores desafios a serem superados na área.

Além disso, abordaremos as principais tendências de suppy chain, as melhores práticas para a implantação desse modelo de gerenciamento, os erros a serem evitados e, claro, como ter uma gestão da cadeia de suprimentos de excelência. Ficou interessado? Então, continue lendo!

O que é cadeia de suprimentos?

Antes de partirmos para a compreensão da estruturação e do funcionamento do processo gerencial relativo aos elementos e mecanismos envolvidos na cadeia de suprimentos, vale a pena entender o que é esse conceito. Também conhecida como supply chain, a cadeia de suprimentos é o sistema responsável por possibilitar que o produto ou o serviço comercializado pela empresa seja disponibilizado pelo fornecedor e chegue até o consumidor.

Trata-se, portanto, de um conjunto ordenado e interligado de ações que envolvem uma série de elementos e procedimentos efetuados em rede. Dessa forma, a companhia tem condições de fazer a entrega e, consequentemente, promover a satisfação do cliente.

Para que a cadeia de suprimentos cumpra o seu papel no fluxo operacional do negócio, é preciso que ela esteja devidamente estruturada e seja otimizada. É nesse contexto que ganham destaque o planejamento estratégico e os processos de gestão.

O que é a gestão da cadeia de suprimentos?

Quando o assunto é Supply Chain Management, muitos gestores só conseguem pensar no cuidado logístico — quais fornecedores escolher, quanto pagar por um produto ou serviço prestado e quais devem ser as estratégias para receber, estocar e, finalmente, distribuir os bens que comercializa. Trata-se de uma visão incompleta de todo o processo.

Não restam dúvidas de que a gestão logística é ponto-chave dentro da realidade de uma empresa e, portanto, exige cuidados especiais para a obtenção de processos mais ágeis, produtivos, com custos controlados e, na medida do possível, sem erros. De toda forma, precisamos ressaltar que a gestão da cadeia de suprimentos vai muito além do setor logístico!

Uma visão mais completa da Supply Chain Management entende que um produto só chega até o cliente final depois do esforço cumulativo de uma série de atores. Eles vão desde a própria empresa, passando por seus fornecedores até chegar aos transportadores e órgãos públicos.

É importante ter em mente que essa relação não é resumida a processos de compra, transporte, estocagem e venda. Além da troca de materiais em si, o compartilhamento de informações estratégicas, a adoção de políticas conjuntas de conformidade e compliance e o esforço constante de integração de processos também estão envolvidos.

Com essas perspectivas em mente, o momento é ideal para listar as principais atividades realizadas dentro do âmbito da gestão de suprimentos. São elas:

  • localização e seleção de fornecedores;
  • compra de materiais e insumos;
  • desenvolvimento e fabricação de produtos;
  • transporte de suprimentos e produtos;
  • gestão do fluxo diário de materiais;
  • coordenação da ação de fornecedores, transportadores e clientes;
  • criação e manutenção de canais de comunicação entre atores da cadeia de suprimentos.

Qual o objetivo da cadeia de suprimentos?

De modo geral, já deve ter ficado claro qual é o papel da cadeia de suprimentos no funcionamento de um negócio. No entanto, a finalidade desse sistema organizacional vai muito além de operacionalizar a logística necessária para que os produtos ou serviços da empresa chegue ao consumidor final.

Isso por que a cadeia de suprimentos tem valor estratégico para o negócio, podendo atuar como um diferencial diante da concorrência. Quanto mais precisa, ágil e eficiente ela for, melhores serão os resultados alcançados pela empresa e maiores as chances de se obter a maximização dos lucros corporativos.

Nessa perspectiva, a cadeia de suprimentos tem a finalidade principal de fornecer os insumos necessários para que a empresa exerça a sua atividade fim. Por sua abrangência e relevância, o alcance dessa meta permite que a companhia atinja outros objetivos mais restritos e que estão ligados a diferentes setores do negócio.

Assim, esse sistema operacional influencia todo o fluxo de funcionamento da empresa, contribuindo para a conquista de diversos objetivos mais específicos. Entre eles, podemos destacar: efetuar planejamentos de vendas mais certeiros, auxiliar no controle de gastos, otimizar as atividades de abastecimento, bem como dinamizar as entradas e saídas.

Quem é responsável pela área?

Como a gestão da cadeia de suprimentos é uma tarefa bem complexa, deve ser realizada com a integração de vários setores da empresa. É comum que algumas organizações tenham uma área específica para o SCM, com uma equipe de profissionais ficando responsável pela coordenação e a tomada de decisões estratégicas centrais.

Mesmo assim, é importante detalharmos o papel de cada setor no processo. Acompanhe!

Compras

É o setor que lida diretamente com os fornecedores, responsável por realizar pedidos de insumos e matérias-primas com parceiros selecionados. Cabe ao setor de compras identificar as melhores oportunidades de negociação, notadamente, sobre preços, condições de pagamento e prazos de entrega.

Estoque

O estoque é peça fundamental na SCM. Afinal, ali serão concentrados os produtos e os insumos recebidos antes da venda. O importante é entender que o estoque está no meio do caminho entre o fornecedor e o cliente final, consistindo em uma peça-chave para todo o processo comercial.

Por isso, manter seu fluxo constante pode fazer toda a diferença no controle de custos e na eficiência das entregas. Ao ponto de, inclusive, evitar eventuais atrasos junto ao consumidor ou mesmo impedir o acúmulo excessivo de suprimentos.

O estoque também é responsável por averiguar a qualidade das entregas que foram recebidas dos fornecedores. É, assim, um importante setor para o controle de qualidade da empresa, supervisionando o estado de todos os insumos recebidos. Uma boa gestão da cadeia de suprimentos resulta em um estoque mais enxuto, menos custoso e capaz de dar a agilidade necessária ao fluxo de caixa do negócio.

Vendas

Por mais que a entrega do produto para o cliente possa parecer apenas a ponta final da cadeia de suprimentos, a verdade é que toda a movimentação de materiais e insumos tem a oportunidade de melhorar as condições de vendas para o consumidor, tornando-as mais atrativas a ele.

Influenciando tanto o preço como a qualidade final de cada produto, a SCM deve estar sempre no radar dos profissionais de vendas. É importante lembrar, ainda, que o volume de vendas atual ou a previsão de demandas é o que realmente impacta o setor de compras.

O departamento de vendas deve ser encarado, portanto, como o principal fornecedor de informações relevantes para a tomada de decisões quando envolver (direta ou indiretamente) a cadeia de suprimentos. É o setor de vendas que, em geral, orienta a necessidade de novas aquisições.

Marketing

O setor de marketing tem um papel bastante parecido com o do departamento de vendas quando o assunto é supply chain. A grande diferença é que seu foco está no dimensionamento de demandas futuras, de forma a fazer a estimação do que será preciso adquirir.

Afinal de contas, ações de marketing buscam, justamente, aumentar o volume de vendas. Os profissionais dessa área são capazes de estimar o tamanho desse aumento de forma bastante precisa.

Isso significa que o marketing tem um papel relevante no planejamento estratégico da aquisição de materiais, podendo ser um norteador de compras futuras. Além disso, o setor de promoções e publicidade também pode auxiliar na correção de eventuais falhas cometidas pelo setor de estoque ou departamento de vendas. No caso de estoque parado, por exemplo, o marketing pode sugerir promoções para melhorar o fluxo de saída de itens.

Jurídico

A conexão entre empresas e fornecedores é sempre ancorada em contratos, que devem ser redigidos com o objetivo não só de estabelecer as condições de cumprimento de um acordo, mas também, de melhorar a transparência das relações e garantir tanto os direitos como os deveres das partes envolvidas. Por isso, esses documentos não devem ser vistos apenas como promessas de pagamento, mas como ferramentas de gestão de relacionamento.

Contar com o devido apoio jurídico para a redação do instrumento contratual garante a segurança legal dessas relações e ainda ajuda no compartilhamento de compliance entre fornecedores e clientes. O jurídico também pode ser importante quando há problemas na ponte entre os envolvidos, arbitrando conflitos ou, em caso de necessidade, assegurando os direitos da empresa.

Tecnologia da Informação

Como falamos, a gestão da cadeia de suprimentos não se restringe à movimentação de materiais. Ela também presume uma troca eficiente de informações, permitindo ações coordenadas para o alcance do objetivo final, ou seja, a finalização da venda. Então, anote aí: o uso da tecnologia é essencial em cada uma das etapas do SCM.

As soluções tecnológicas podem estar presentes na localização dos materiais esticados, no controle de tempo gasto com o transporte de suprimentos e produtos, na gestão de documentos intrínsecos da gestão de fornecedores e na abertura de canais de comunicação direta via mensageiros virtuais, e-mails e videoconferência.

É possível, por exemplo, usar a assinatura eletrônica para diminuir a papelada e a burocracia no envio e assinatura de contratos e pedidos, tornando o processo mais rápido, seguro, controlável e sem a necessidade de reuniões presenciais. Afinal, boas plataformas de assinatura eletrônica são capazes de armazenar e organizar documentos assinados de forma a automatizar o fluxo de contratos.

Recursos Humanos

Cada área do negócio depende de profissionais qualificados e bem treinados, certo? Pois essa realidade não é nada diferente no caso da SCM. Nesse contexto, o RH pode ser importante para detectar e reter talentos, além de conseguir apontar a necessidade de treinamentos específicos para a melhoria da atuação das equipes na cadeia de suprimentos.

O treinamento constante permite que colaboradores conheçam com precisão o funcionamento das etapas do negócio e desenvolvam a capacidade técnica necessária para executar os protocolos corporativos exigidos. Também ajuda a integrar os diversos setores da empresa envolvidos na cadeia de suprimentos e pode ser eficiente na aproximação entre profissionais da própria empresa e colaboradores externos.

Quais são as principais tendências de supply chain?

O desenvolvimento tecnológico, aliado à inovação em serviços no âmbito administrativo, tem gerado diversas possibilidades de aprimoramento na gestão da cadeia de suprimentos. Essa junção vem contribuindo para a emergência de tendências cada vez mais aplicáveis a esse tipo de gerenciamento.

Na sequência, vamos abordar as principais. Não deixe de conferir!

Internet das Coisas

Com potencial para permitir a conexão entre dispositivos eletrônicos por meio da internet sem fio, criando uma rede de equipamentos inteligentes, a Internet das Coisas (IoT) pode ser implementada nos mais variados segmentos da cadeia de suprimentos. Assim, a automatização propiciada por essa tendência pode englobar os processos de armazenamento, gerenciamento do estoque, transporte de mercadorias e atendimento ao cliente.

No controle do estoque, por exemplo, os produtos armazenados podem ser monitorados por sensores que, instalados em cada prateleira, são capazes de registrar em um sistema os itens que são retirados. Nesse caso, não há necessidade de registro manual.

Cadeia de suprimentos autônoma

Impressoras 3D, automação de linhas de produção, entregas por meio de drones e, até mesmo, veículos autodirigidos são alguns dos exemplos de automações que podem ser implantadas em uma cadeia de suprimentos. A ideia é que, com as diversas possibilidades trazidas pela tecnologia, os processos relativos ao Supply Chain se tornem cada vez mais autônomos.

Omnichannel

O aumento expressivo do e-commerce, em conjunto à tendência do varejo em praticar omnichannel, ou seja, oferecer variados canais de venda aos seus clientes, impõe a necessidade de remodelar alguns aspectos da cadeia de suprimentos. Isso porque as vendas passam a ser cada vez mais fracionadas, exigindo que as empresas encontrem alternativas para otimizar a sua logística.

Realinhamento do C-Suite

O C-Suite é o conjunto de gestores de uma corporação que têm a expressão "chief" em sua nomenclatura de cargo. Por não lidarem de forma mais efetiva com alguns dos pontos que compõem a cadeia de suprimentos de uma companhia, não é incomum que altos funcionários tenham dificuldades para gerenciar o supply chain. Nesse contexto, torna-se essencial o realinhamento desses profissionais.

Quais são as melhores práticas na cadeia de suprimentos?

Promover com excelência a gestão da cadeia de suprimentos de um negócio exige a implantação de uma cultura que tenha como base a integração entre setores, colaboradores e atividades operacionais. Somente assim será possível fomentar as melhores práticas para efetuar esse tipo de gerenciamento. A seguir, mostramos quais são as principais.

Mapeamento de processos

Mapear processos não significa apenas fazer um levantamento inicial do conjunto de procedimentos, ações e tarefas que são executados em uma empresa, mas envolve, também, acompanhar o seu desenvolvimento. Portanto, trata-se de uma prática contínua, que deve fazer parte da rotina administrativa da empresa.

É por meio do mapeamento permanente de processos que a companhia tem condições de avaliar periodicamente o seu desempenho em todo o seu fluxo produtivo. Essa prática possibilita que o gestor realize melhorias ao longo de todas as etapas que abrangem ou dependem da cadeia de suprimentos da empresa.

Estoque mais baixo

Um dos pilares para uma gestão eficiente de cadeia de suprimentos é o controle de estoque, já que o seu volume pode causar impactos no funcionamento geral da empresa. Dessa maneira, ainda que em algumas situações, como nas oportunidades de compras com grandes percentuais de descontos, a companhia opte por elevar a sua quantidade de matéria-prima e suprimentos, o ideal é manter o estoque sempre mais baixo.

Essa prática evita uma série de problemas para o negócio. Entre os principais, estão o surgimento de dificuldades financeiras para a aquisição de novos produtos, a falta de espaço para o armazenamento e, até mesmo, a necessidade de vender o que foi estocado por valores mais baixos do que o previsto, de modo a diminuir a lucratividade. Para o aumento do estoque, é fundamental haver um bom planejamento.

Cooperação entre os profissionais

Para gerir de forma eficiente a cadeia de suprimentos de um negócio, é essencial estimular o trabalho em equipe entre todos os funcionários e departamentos da empresa. É justamente a cooperação integrada dos profissionais que permite tanto a otimização das rotinas operacionais da companhia, aumentando a sua produtividade, quanto a identificação de eventuais gargalos que estejam interferindo na performance corporativa.

Quais são os principais desafios?

A complexidade da gestão da cadeia de suprimentos é, por si só, um grande desafio para todo negócio. Como mostramos, o processo envolve diversas áreas da empresa, inclui o relacionamento com toda a cadeia de fornecedores e ainda precisa respeitar as regras jurídicas dos locais de atuação da companhia.

Tendo em vista que o primeiro passo para superar desafios é conhecê-los com exatidão, vamos a eles? Lembrando que, quando falamos em gestão de cadeia de suprimentos e logística, podemos dividi-los em três grandes eixos. Confira quais são!

Coordenação de equipes

A coordenação de equipes não diz respeito apenas às áreas internas envolvidas na cadeia de suprimentos. Ela também deve acontecer com fornecedores, fabricantes e transportadores. O problema é que, como cada empresa tem políticas e processos próprios, conseguir alinhar as diretrizes de atuação é sempre um desafio que não pode ser ignorado.

O segredo, aqui, está na comunicação constante e transparente, bem como na elaboração de contratos objetivos. É importante deixar claro quais são as expectativas da empresa em relação a seus parceiros, quais são os padrões de qualidade esperados e que políticas de conformidade legal e ética devem ser levadas em conta.

Averiguação de resultados

Todo gestor sabe que um bom planejamento estratégico para o futuro depende das análises dos resultados do presente. É preciso descobrir, assim, o que vem dando certo e o que deve ser aprimorado nos processos atuais para tomar as devidas ações corretivas. A própria complexidade das iniciativas envolvidas na SCM pode tornar a averiguação de resultados nebulosa.

Nesse caso, a solução é dividir para conquistar. Trabalhe com índices de performance específicos para cada etapa logística e controle a qualidade dos fornecedores individualmente. Lembre-se, também, de comparar dados isolados para conseguir uma melhor visão global sobre a cadeia de suprimentos.

É possível, por exemplo, relacionar a quantidade de perdas no estoque com a velocidade de entregas de matérias-primas à empresa ou o volume de vendas ao aumento de gastos com transporte. É importante usar a tecnologia para tornar a monitoria de resultados mais eficiente a partir de bancos de dados diversos.

Sistemas de gestão empresarial conseguem coletar informações de diferentes partes da cadeia produtiva e logística, gerando relatórios automáticos que relacionam essas informações. Tudo isso é feito por meio de interfaces simples, ricas em gráficos e relatórios de leitura acessível para facilitar a tomada de decisões estratégicas.

Flexibilidade e precisão

Muitos gestores acreditam que o grande aparato administrativo montado para lidar com a cadeia de suprimentos resulta em práticas e processos rígidos e lentos. O detalhe é que, como o mercado sofre mudanças constantes, a simples variação da demanda exige respostas rápidas e certeiras para que a empresa não perca competitividade e, consequentemente, deixe de faturar.

O desafio, portanto, está em tornar a cadeia de suprimentos precisa e, ao mesmo tempo, flexível ao atendimento de novas demandas. Mais uma vez, a boa coordenação dos times surge como forma de superar os desafios.

Também é possível apostar em contratos que prevejam flutuações no volume de compras e pedidos. Essa ação evita a necessidade de aditivos que podem não ser implementados, a depender das condições dos fornecedores, ou, se forem, custarem bem mais do que o valor definido no contrato inicial.

Por fim, vale o alerta: ser flexível não significa abrir mão do planejamento em longo prazo. É mais que viável prever alterações naturais de demanda, como o aumento de trabalho em épocas comemorativas. Se a empresa já estiver preparada para essas alterações com a antecedência necessária, conseguirá reduzir custos e aumentar a produtividade, sem precisar passar por qualquer tipo de trauma.

Que erros você não pode cometer?

Na prática, quem não entende os desafios acaba cometendo erros recorrentes. Errar na gestão da cadeia de suprimentos e logística significa perder eficiência e dinheiro. Como você, certamente, não quer que isso aconteça no seu negócio, é melhor continuar a leitura. Pronto para conhecer os erros mais comuns da SCM e saber como evitá-los? Veja!

Apostar no feeling

A gestão empresarial nunca deve ser baseada em achismos. Então, saiba: mesmo no caso das micro e pequenas empresas, cada decisão deve ser apoiada em dados concretos. Negligenciar informações sólidas e tomar atitudes intempestivas acaba criando gargalos logísticos que, no fim das contas, são traduzidos em perdas financeiras.

A partir de hoje, portanto, nada de fazer compras só porque acredita que determinado produto final vai fazer um sucesso estrondoso nos próximos meses. Mesmo que confie no desenvolvimento de soluções internas, a resposta do mercado pode não ser tão acolhedora e rápida quanto gostaria.

Desconsiderar os riscos

A análise de riscos é outro ponto-chave na SCM. Afinal, sua cadeia de suprimentos está suscetível a uma série de problemas, como perdas durante a fabricação, o transporte e até a armazenagem de materiais e insumos.

Ainda é preciso levar em conta situações externas, praticamente imprevisíveis, como roubos de carga e atrasos causados por greves ou más condições das estradas, além de outros problemas relativamente comuns por aqui.

Isso significa que é preciso estar preparado para perdas, ao mesmo tempo em que se toma atitudes para diminuir os riscos. É preciso tanto agir preventivamente como estabelecer estratégias de resposta rápida para lidar com eventualidades que possam quebrar sua cadeia de suprimentos.

Descuidar dos custos

A gestão da cadeia de suprimentos busca uma maior eficiência dos processos internos. O reflexo mais aguardado disso é a redução de custos! Mas você não conseguirá economizar se não souber exatamente com que e em quais circunstâncias seu negócio gera despesas.

Mais uma vez, vale lembrar que a extensão da cadeia de suprimentos não deve ser uma desculpa para negligenciar os detalhes. É preciso ter controle absoluto de cada contrato, entrega e pagamento. Lembre-se de que isso não envolve apenas o pagamento direto dos fornecedores, mas também, as despesas com treinamentos de equipe, gastos com energia, combustível e água, bem como investimento em tecnologias de gestão.

Negligenciar a comunicação com fornecedores

Falhas de comunicação entre empresas e seus fornecedores são alguns dos erros mais recorrentes em SCM. Isso acontece porque ainda existem gestores que acreditam que contratar um parceiro é o mesmo que ir a um supermercado, escolher um produto, pagar e ir embora.

O que realmente acontece é que as relações entre as empresas são muito mais complexas que um simples contato de compra e venda. Nesse cenário, é preciso alinhar diretrizes, prazos, políticas e níveis de qualidade nas entregas. Isso tudo só pode ser feito com uma troca constante de informações entre as partes envolvidas.

Estabelecer bons canais de comunicação com fornecedores também é importante para resolver conflitos de maneira rápida e eficaz, solucionando problemas em conjunto. A comunicação ainda permite que o fornecedor conheça as necessidades da empresa, podendo, assim, tomar atitudes por conta própria para adequar seu atendimento.

Por fim, a integração entre clientes e fornecedores também permite elevar o relacionamento à condição de parceria. É possível, portanto, desenvolver novos projetos e promover modernizações de maneira coordenada, fazendo com que todos ganhem com o aperfeiçoamento mútuo.

Ignorar as tendências do mercado

A essa altura, você já sabe que a flexibilidade é um dos principais desafios na gestão da cadeia de suprimentos. Isso não significa, contudo, que é preciso estar atento apenas às flutuações quantitativas de demanda, mas também, entender a mudança dos hábitos de consumo dos compradores e, sobretudo, conhecer novas tecnologias e metodologias que possam melhorar a SCM.

A cada dia são desenvolvidas novas ferramentas para melhorar os processos da cadeia de suprimentos. A Internet das Coisas é uma dessas novidades que prometem reduzir custos na cadeia logística. Com ela, é possível conectar cada item comprado ou estocado à internet, permitindo analisar sua movimentação por toda a cadeia e, com isso, saber exatamente quanto tempo levou do fornecedor até a empresa e da estocagem até a venda final.

Qual é o fluxo da cadeia de suprimentos?

Quando tratamos de cadeia de suprimentos, é preciso considerar que esse sistema tem fluxos, ou seja, determinadas ordenações que possibilitam o escoamento das demandas corporativas. No processo de gerenciamento, torna-se fundamental sincronizar os diferentes elementos, de forma a criar uma rede com conexões sólidas.

O fluxo da cadeia de suprimentos subdivide-se em três modalidades: o fluxo de finanças, o de produtos e o de informações. A classificação desses tipos é feita de acordo com a sua natureza e serve para ajudar os gestores a visualizar com mais clareza os diferentes processos envolvidos na cadeia de suprimentos.

O fluxo de finanças compreende os cronogramas de pagamento, as condições de crédito e os valores acordados nas transações. O fluxo de produtos, por sua vez, abrange a trajetória de um bem ou serviço entre o fornecedor e o cliente, prevendo eventuais devoluções ou assistência extra. Já o de informações inclui o repasse de serviços e o acompanhamento da entrega.

Como melhorar a Supply Chain Management?

Tendo chegado até aqui, você já sabe da importância estratégica de uma boa gestão da cadeia de suprimentos, conhece os desafios do setor, está familiarizado com os principais erros cometidos e sabe como evitá-los. Mas não pense que o trabalho acabou.

Ainda é preciso adotar certas práticas para otimizar a SCM! É exatamente sobre elas que falaremos a seguir. Confira o vídeo abaixo, que conta o case de sucesso da Unilever em digitalizar toda a sua cadeia de suprimentos:

Use ferramentas tecnológicas

A alta complexidade da gestão da cadeia de suprimentos exige o uso de ferramentas tecnológicas. Afinal, cuidar de tudo manualmente é simplesmente impossível! Já falamos aqui sobre como a Internet das Coisas pode ajudar no controle logístico, mas existem outras soluções que podem se tornar importantes aliadas.

Um bom exemplo vem do uso de ferramentas para o gerenciamento de transações digitais. Estamos falando do Agreement Cloud, suite de soluções para todas as etapas de um documento, desde preparar o arquivo até a assinatura eletrônica de documentos e a gestão automatizada de arquivos.

Com as soluções do Agreement Cloud, é possível se livrar da papelada e realizar determinadas tarefas de forma simples, rápida e segura — como a assinatura de contratos ou a emissão de pedidos de compra.

Um case de sucesso dessa ferramenta vem de uma gigante da tecnologia: a HP. Com uma plataforma de Assinatura Eletrônica, a empresa conseguiu melhorar o tempo de turnaround de documentos em 93%, diminuiu 70% das etapas exigidas no ciclo de contratação de clientes e economizou cerca de 33 dólares por arquivo enviado, montante que seria gasto em impressão, fax e envio de papéis.

Conte com um setor especializado

Já está claro que a boa gestão de SCM depende da integração de diversos setores, correto? Mas é importante ter uma equipe dedicada a coordenar essas áreas e dar fluidez à comunicação entre as partes.

Contar com um setor de suprimentos integrado ao departamento de compras pode, portanto, conferir mais segurança e agilidade à tomada de decisões. Além disso, permite que o controle de custos e de qualidade sejam centralizados.

Qualifique sua rede de fornecedores

Manter uma boa rede de fornecedores e parceiros é o mínimo necessário para garantir a integridade da sua cadeia de suprimentos. Os esforços nesse sentido devem começar desde cedo, com a pesquisa por potenciais parceiros, em uma ação que deve levar em conta preços, prazos, protocolos de qualidade e alinhamento de compliance.

Diversificar sua rede também é importante para não se tornar dependente de um único provisor e, por isso, ter que lidar com problemas intransponíveis quando um dos fornecedores apresenta um problema pontual. Além disso, a variedade de fontes ainda permite um maior poder de barganha com cada um dos parceiros.

Por fim, lembre-se de que é importante investir na integração constante com seus parceiros, a fim de melhorar seus resultados cada vez mais. Promover treinamentos em conjunto, fazer visitas esporádicas e abrir as portas da sua empresa para receber os fornecedores ajuda a estreitar laços e cultivar relações mais saudáveis entre as empresas.

Faça um planejamento estratégico

Por fim, vale reforçar o ponto central da gestão de cadeia de suprimentos: o planejamento estratégico. Todos os fatores que listamos neste post, desde a seleção de fornecedores, passando pela observação das tendências do mercado, até chegar ao uso de ferramentas e metodologias focadas em resultados devem fazer parte do planejamento empresarial.

Isso significa que é preciso analisar todos os dados oriundos da cadeia de suprimentos de maneira ininterrupta, traduzindo essas informações em relatórios gerenciais. A partir daí, traçar os próximos passos da empresa no futuro para manter a otimização da SCM.

Um último alerta: embora o planejamento estratégico seja responsabilidade de gestores e lideranças, ele só é eficiente quando envolve todos os setores implicados na cadeia de suprimentos. Por isso, deve ser conduzido de forma integrada e, principalmente, divulgado para todos que fazem parte da SCM.

Seguindo as orientações deste post, a cadeia logística deixa de ser um possível foco de problemas e passa a ser um diferencial competitivo do seu negócio. Afinal, os custos serão reduzidos e as entregas serão mais rápidas e qualificadas, o que faz com que, na ponta da cadeia, a satisfação dos clientes aumente.

Além disso, esse gerenciamento produz impactos significativos em todo o ciclo de uma empresa, sendo capaz de torná-la otimizada, mais eficiente e com maior potencial de rentabilidade.

Como vimos no post, fazer uma boa gestão da cadeia de suprimentos gera inúmeros benefícios para o negócio, tornando-o mais eficiente, dinâmico e competitivo, além de reduzir custos. Essas vantagens podem ser maximizadas quando a empresa conta com ferramentas tecnológicas que otimizam o processo gerencial do fluxo de recebimentos e entregas da empresa.

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