Ecobras - Um plástico que se decompõe como orgânico

inovação

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Em tempos de preocupação mundial com a sustentabilidade ambiental, uma parceria assinada entre a iniciativa privada e universidades públicas do Brasil resultou em uma importante alternativa para mitigar os impactos da produção do plástico na natureza: um plástico que se decompõe como um produto orgânico.

Após três anos de estudos realizados por meio da parceria firmada em 2004 entre a alemã Basf e instituições de ensino brasileiras como Unicamp, Universidade Federal de São Carlos, Universidade São Francisco e Universidade de Londrina, foi lançado o Ecobras, em 2007.

Casca de arroz, sisal e mandioca foram alguns dos materiais utilizados na pesquisa, que chegou, enfim, ao desenvolvimento de um plástico renovável, biodegradável e que possui resistência para as mais diversas aplicações, como sacolas plásticas – que suportam o mesmo peso das sacolas “normais”-, embalagens para cosméticos, entre outras.

Composto por 51% de um polímero à base de milho, que é uma matéria-prima de fonte renovável, e 49% de resina compostável, o Ecobras é capaz de se decompor em até 180 dias, enquanto o plástico comum, feito com resina de petróleo, pode levar mais de 400 anos.

Os funcionários da Basf trabalharam ainda no aprimoramento do novo tipo de plástico biodegradável, ao aplicarem nele tintas orgânicas.

Ecobras foi um marco importante no desenvolvimento dos polímeros biodegradáveis e compostáveis. Com a criação de novas blendas, como o ecovio, as possibilidades de aplicação também foram ampliadas, no uso em descartáveis, embalagens, na agricultura e como aliado no gerenciamento de resíduos sólidos orgânicos nas cidades, por exemplo.

Fontes: Basf, Revista Pesquisa Fapesp e Revista Exame.

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