Criptografia: o que é e quando ela deve ser usada?

 

Criptografia

automação de processos vem tornando o uso de dispositivos computacionais conectados à Internet uma prática cada vez mais comum no universo corporativo. No entanto, a eficiência e a praticidade operacional trazidas por essas ferramentas tecnológicas não vêm sozinhas, já que há os riscos gerados pela circulação de dados confidenciais na rede mundial de computadores. É, então, que a criptografia surge como uma solução para esse problema.

Ela é definida como um recurso tecnológico utilizado para enviar mensagens em forma cifrada ou codificada para que apenas seu emissor e seu receptor sejam capazes de ter acesso ao conteúdo do material criptografado. Esse é um dos principais mecanismos de segurança digital usados para proteger dados e informações confidenciais das ameaças relacionadas ao uso da Internet.

Dessa forma, a criptografia possibilita a transformação de uma mensagem legível em outra ilegível a fim de que o conteúdo seja transmitido com mais segurança e somente às partes interessadas. Portanto, trata-se de uma tecnologia indispensável para que a companhia mantenha seus dados eletrônicos sempre protegidos de qualquer tipo de ação inapropriada por usuários não autorizados.

Gostaria de conferir as vantagens da criptografia, saber quando vale a pena utilizá-la e entender por que esse recurso torna a assinatura digital uma ferramenta extremamente segura para as transações fechadas no ambiente digital? Então, aqui é o lugar certo! Continue lendo este post e veja que essas informações já estão totalmente decodificadas especialmente para você. Acompanhe!

Quando a criptografia deve ser usada?

Esse recurso é amplamente utilizado com o intuito de evitar invasões de pessoas mal-intencionadas às mensagens e aos arquivos salvos em diferentes formatos. A criptografia também é eficiente para impossibilitar o roubo de dados ou de senhas que circulam em dispositivos com acesso à Internet. O uso desse poderoso mecanismo de segurança ocorrer em diversas ocasiões nas quais haja a necessidade de proteção do usuário da rede.

Um exemplo clássico é quando ocorre a perda, o roubo ou o extravio de computadores, notebooks, tablets, smartphones, entre outros dispositivos em que há o arquivamento de dados eletrônicos. A maioria das pessoas que passam por essas situações começa a se preocupar com o risco de algum desconhecido ter acesso a todos os arquivos armazenados nesses equipamentos.

Em alguns casos, é possível apagar remotamente todos os dados para reduzir as chances de invasão alheia, o que evita que usuários indesejados acessem os dados contidos nesses dispositivos. Mas somente os gadgets portáteis com iOS, Windows Phone e Android têm essa possibilidade, que inclusive deve estar previamente configurada. Nos computadores ou notebooks, isso não pode ser feito em decorrência do sistema operacional em funcionamento.

Logo, o manuseio de dados nesses equipamentos precisa priorizar o mesmo cuidado que é tomado com o armazenamento de arquivos na web ou com o envio de informações pela Internet. É claro que não é necessário bloquear o acesso a todos os documentos guardados em um disco rígido, no entanto ter mais cautela com os dados sensíveis arquivados pode evitar o surgimento de problemas.

Qual a importância de utilizar em diferentes dispositivos?

Considere os arquivos que estão armazenados nos computadores e nos dispositivos móveis da empresa para compreender por que a criptografia é importante para resguardar informações do seu negócio.

Em um laptop, por exemplo, as ferramentas de criptografia aliadas à proteção de dados e aos softwares impossibilitam que terceiros acessem seus registros. Desde dados de clientes a informações estratégicas, sua companhia certamente contém um banco de referências que não deve ser divulgado.

No caso de informações sensíveis de clientes, isso ocasionaria processos judiciais. Assim, a criptografia em diversos dispositivos impede que detalhes sigilosos sejam compartilhados de forma imprudente na Internet.

Como a criptografia de dados protege os usuários?

O princípio geral de funcionamento da criptografia é o embaralhamento do conteúdo de uma mensagem ou de um arquivo. Esse desarranjo oculta os dados por meio da reorganização de informações a partir de um código. Nesse processo, o emissor e o receptor da informação criptografada dispõem de uma determinada chave, ou seja, a linguagem correta para decifrar o código usado na ocultação do dado.

Assim, a criptografia protege os dados dos usuários, tornando essas informações ilegíveis àqueles que não possuem o código correto para lê-las, além de evitarem a exploração por malware, ações que impedem que aconteçam roubos de arquivos e fraudes. Trata-se de uma ferramenta versátil que pode ser utilizada na proteção de um dado específico, de todos os dados contidos em um arquivo ou da totalidade de dados armazenados em uma mídia.

Quais os diferentes tipos de criptografia existentes?

Existem diversos tipos de criptografia para garantir a segurança de serviços e de arquivos digitais. Conheça os principais a seguir.

Chave simétrica

Por ser mais simples que as demais, é a modalidade criptográfica mais utilizada. Nela, a mesma chave é aplicada na codificação e na decodificação de mensagens entre remetentes e destinatários.

A vulnerabilidade desse recurso fica por conta do fato de o emissor e o emissor compartilharem uma única chave, abrindo brechas de segurança, ainda que pequenas. Por isso, como avanço tecnológico de encriptação e decodificação de arquivos, hoje a chave simétrica não é indicada para dados e informações sensíveis.

Data Encryption Standard (DES)

O DES corresponde a uma proteção básica de poucos bits (56). O seu algoritmo é um dos mais difundidos no meio digital, pois realiza 16 ciclos de encriptação para proteger arquivos.

A dimensão e a complexidade das chaves de criptografia são medidas em bits. Por exemplo, em criptografias com 128, 2128 é o total de chaves possíveis para decifrá-las. Hoje, esse número de bits é considerado seguro, mas quanto maior for, mais efetiva será a proteção das informações da empresa. Quando um bloco é criptografado em bits, significa que um volume de dados passou pelo mesmo processo da chave, tornando-se inacessível para terceiros e invasores.

O DES pode ser decodificado com técnicas de força bruta — programas que testam as probabilidades de chave automaticamente durante horas. Por isso, é recomendado investir em alternativas de defesa mais difíceis de serem decifradas.

AES (Advanced Encryption Standard)

Como o próprio nome sugere, o Advanced Ecryption Standard é um padrão criptográfico avançado, por isso é um dos algoritmos mais seguros e populares da atualidade — ao lado do DES. Para se ter ideia, o AES é o padrão de criptografia do governo dos EUA. Ele contém blocos de 128 bits, modalidade extremamente confiável e segura no que se refere a ataques cibernéticos convencionais.

IDEA (International Data Encryption Algorithm)

O IDEA foi desenvolvido em 1991 e apresenta uma estrutura parecida com o DES, mas opera em blocos de 64 bits e usa chaves de 128 bits. O algoritmo atua de forma indecisa, fazendo o embaralhamento e a difusão para cifrar arquivos e programas. Na prática, essa modalidade de criptografia aplica três grupos algébricos de forma misturada, barrando o realinhamento dos dados e impedindo leituras indevidas.

Secure anda Fasra Encryption Routine (SAFER)

O SAFER corresponde a uma criptografia de blocos em 64 bits – nomeada SAFER SK-64. Porém, existem muitas vulnerabilidades nesse código, o que levou ao desenvolvimento de uma alternativa mais eficiente, a SK-128 bits.

Chave assimétrica (ou chave pública)

Contém dois tipos de chaves, uma pública e uma privada. Elas são utilizadas para codificar arquivos ou mensagens e comprovar a identidade dos usuários. Na prática, a chave pública cifra os conteúdos, enquanto a privada os decifra. Dessa forma, qualquer usuário que envia conteúdo para alguém precisa somente da chave pública do destinatário, que utiliza a privada para decodificar o conteúdo.

Essa combinação simples assegura a privacidade dos usuários e garante confiabilidade durante a troca de dados. Como o número de funcionários com acesso à chave privada é limitado, a segurança do compartilhamento de informações diminui drasticamente.

O que é a criptografia na rede de Internet, chaves e protocolos?

A criptografia na rede de Internet, em geral, está presente em procedimentos que exigem a inserção de informações pessoais em formulários online, como em sites de instituições financeiras, lojas virtuais e páginas de órgãos do governo. Os sites considerados seguros são os que usam o protocolo HTTPS, o qual possibilita que os dados sejam enviados por meio de uma conexão criptografada e em que se podem verificar a autenticidade dos usuários.

A verificação do uso de criptografia nesses espaços virtuais pode ser facilmente verificada pelo usuário. Quando o URL do site da Web inicia com "https", há o indicativo de que as informações serão criptografadas e enviadas através de um protocolo seguro. Nessas circunstâncias, em geral, é possível conferir os detalhes de segurança do site: basta clicar no símbolo de cadeado que aparece no canto inferior dos lados direito ou esquerdo da tela do navegador.

A criptografia de chaves é dividida em dois tipos: simétrica e assimétrica. Na primeira modalidade, também chamada de criptografia de chave secreta, remetente e destinatário usam uma mesma chave para codificar e decodificar a informação. No segundo formato, denominado de criptografia de chave pública, é utilizado um par de chaves, ou seja, um código público que criptografa o dado e outro privado que o descriptografa.

A criptografia de protocolo diz respeito a um conjunto de informações abstratas ou concretas que desempenha uma função de proteção por meio do uso de algoritmos. Essa tecnologia é muito utilizada para transportar dados em aplicativos de segurança, incorporando, em geral, alguns desses fatores: entidade de autenticação, acordo de chave, métodos de não repúdio, assim como encriptação simétrica e mensagem de autenticação.

Qual a diferença entre chave pública e privada?

Para ser mais segura, essa ferramenta da era digital exige que o método utilize duas chaves de tipos diferentes. A chave pública, como o próprio nome sugere, pode ser livremente divulgada, mas a privada deverá ser mantida em segredo pelo emissor da informação.

Quando uma mensagem é codificada por meio de uma das chaves, somente a outra chave correspondente poderá decodificá-la. No entanto, o tipo de chave usada para codificar varia conforme o objetivo da transação.

Podem ser utilizadas para confidencialidade, integridade, autenticação e não repúdio. Porém, é possível armazenar a chave privada de diversas maneiras. As mais usuais são em arquivos no computador, smartcards ou tokens.

O que é um “hash” e como ele deve ser utilizado?

Uma função de resumo é uma metodologia criptográfica que, quando aplicada sobre um dado qualquer, independentemente do seu tamanho, vai gerar um resultado único e de tamanho fixo, conhecido como hash.

Logo, trata-se de uma função matemática aplicada sobre um agrupamento de dados que gera outro número. Em síntese, ele pode ser equivalente a um dígito verificador como aqueles que formam a sequência numérica de um boleto bancário. Um hash pode ser útil em diversas situações. Confira algumas delas:

  • geração de assinaturas digitais;
  • segurança na elaboração de guias de cobrança;
  • análise da integridade de um arquivo oriundo da Internet;
  • verificação da integridade dos arquivos armazenados no computador.

Uma forma de verificar a integridade de um arquivo é efetuando o cálculo do hash dele. Mediante alguma dúvida, você ainda poderá gerar novamente esse valor. Se os dois hashes forem exatamente iguais, é porque o arquivo não sofreu nenhuma alteração.

Outra aplicação de hashes é a identificação de erros durante o download de arquivos disponibilizados na Internet. Quando os arquivos são grandes, você pode obter nos sites a informação do hash referente àquele documento.

Após a conclusão do download, é possível calcular o hash sobre o material baixado e compará-lo com o esperado. Se o hash calculado for diferente do esperado, é porque o arquivo foi corrompido durante o download.

Como a criptografia funciona na assinatura digital?

Em termos técnicos, a assinatura digital pode ser vista como uma função matemática aplicada sobre os dados iniciais de um arquivo ou de uma mensagem de texto, por exemplo. Porém, nesse caso, além de garantir a segurança do conteúdo, também é possível garantir a autenticidade de quem o gerou. Logo, o uso desse recurso confere uma identidade autêntica ao seu usuário.

Uma aplicação bem conhecida de assinatura digital é o envio de informações para a Receita Federal durante o período de declaração de imposto de renda. Utiliza-se um certificado digital para assegurar que a declaração de imposto de renda não sofreu alteração de dados durante a transmissão, o que garante a integridade e a confiabilidade dos dados que foram transmitidos ao órgão.

Isso também assegura que a declaração não tenha sido gerada por outro contribuinte que, eventualmente, poderia estar tentando clonar informações alheias para se passar por outra pessoa. Dessa maneira, o certificado digital protege o contribuinte de eventuais fraudes que poderiam acontecer no ambiente virtual, caso as informações repassadas não estivessem protegidas.

Para que essa ferramenta funcione de forma correta, o cálculo da assinatura não deve considerar somente os dados, mas as informações corretas que identifiquem o emissor. Ao receptor da mensagem, basta apenas conferir se os dados recebidos são, de fato, autênticos, para validar a assinatura. Mas ainda há outra questão: como o receptor não conhece a chave utilizada na assinatura, ele não pode gerar novamente essa assinatura para proceder à validação.

Nessa situação, o processo precisa ser mais avançado ainda. O emissor deverá gerar duas importantes informações: a chave privada e a chave pública. Resumidamente, a chave privada é conhecida apenas pelo emissor da mensagem, enquanto a chave pública poderá ser divulgada. Isso parece familiar? Trata-se do mecanismo de chave pública e chave privada que abordamos ao longo do post.

No entanto, as duas chaves possuem um código matemático muito forte e relacionado entre si. Isso possibilita ao receptor conferir se a mensagem foi mesmo emitida pela pessoa esperada por meio da chave pública, o que efetiva o procedimento de verificação da autenticidade.

O algoritmo mais utilizado para gerar esse par de chaves é conhecido como RSA, e também é de domínio público. Para reduzir o risco de fraudes na hora da obtenção dos códigos, esse mecanismo é processado mediante o envio prévio de documentação comprobatória. Exige-se a comprovação de identidade para autoridades certificadoras.

Como a criptografia torna a assinatura digital mais segura?

Como vimos, a criptografia é usada para evitar que qualquer entidade intercepte a comunicação e tenha acesso ao conteúdo de dados sensíveis ou de natureza sigilosa. Principalmente em ambientes onde são trafegados dados estratégicos, com algum tipo de valor agregado ou que envolvam finanças, essa ferramenta torna-se extremamente útil para conferir segurança ao processo.

Assim, esse recurso torna a assinatura digital muito mais segura ao reduzir eventuais falhas que poderiam colocar toda a negociação em risco. Além do mais, a assinatura digital é uma opção prática e eficiente para casos de extrema importância para autenticação, já que ela exige o uso de certificado digital para ser utilizada. Logo, a segurança da criptografia aliada à praticidade da assinatura digital são essenciais ao desenvolvimento dos negócios.

Onde usar a criptografia?

Por se tratar de um recurso tecnológico que viabiliza tanto o armazenamento de dados em mídias físicas e em plataformas em nuvem quanto a circulação de informações via Internet, a criptografia tem diferentes possibilidades de usos. No contexto empresarial, por exemplo, essa tecnologia pode ser usada em procedimentos de interface entre companhia e cliente, na tramitação de contratos eletrônicos e em processos de arquivamento de documentos.

Quando a empresa usa a criptografia para interfacear a comunicação com o consumidor ou possibilitar a circulação de contratos em meio digital têm como principal preocupação a proteção de dados. Enquanto no primeiro caso o emprego dessa tecnologia visa à proteção de informações que são repassadas pelo cliente por meio da página da companhia, no segundo, seu objetivo é a segurança das informações sigilosas contidas nos instrumentos de contratação.

Além disso, a criptografia é muito viável para as operações regulares de backup de arquivos salvos em diferentes formatos, assegurando sua integridade. Assim, seja em sistemas operacionais automáticos que providenciam o arquivamento automático dos dados que circulam em um local, ou em situações de backup manual, é fundamental que a empresa conte com mecanismos computacionais que efetuem a codificação criptografada das informações.

A criptografia é um recurso tecnológico fundamental para a proteção tanto dos dados que estão armazenados em dispositivos eletrônicos quanto das informações que circulam via Internet. No contexto corporativo, o uso dessa tecnologia já não é uma escolha, mas uma necessidade de qualquer empresa, já que a segurança informacional ajuda a garantir as condições necessárias para que a cadeia produtiva do negócio opere com eficiência e longe de riscos.

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